Noite passada não dormi direito. Hora e meia acordava. Acordava com pesadelos já sonhados em outros dias. 

Dormia cansado ansioso pelo novo dia. Me perdoem pela falta de vírgula. É proposital, embora eu não saiba como usá-la. Finalmente o dia amanheceu, cinza. Pensei em fugir para o mar. Decidi ficar e lidar com a solidão de um Carrefour lotado. 
Hoje só, me sinto como os outros dias. Só. Para quem não me conhece, sou de Olimpia Bueno Franco, em Betim. De lá até aqui, acumulei muita coisa e das coisas que acumulei, me lembro do pigarro do cigarro, a falta de fôlego de uma trilha íngreme, a minha inocência do meu julgamento pelos meus amigos do Adeusbia. Os insultos da Thaís, com o amor da Luciana e a indiferença do Wester. Não me lembro a última vez que me senti suficiente. Sempre falto. 

Mas voltemos a ontem: Perto de dormir tentaram me convencer de que o desejo do outro é o meu desejo. Sei que pra você amigo leitor, isso não faz sentido. Me perdoem. Não posso ainda dizer mais do que não disse. 

A sinceridade que posso dividir com vocês agora é a de que, me sinto só e sinto falta de carinho despretensioso com mão leve e demorada.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog